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Experiência do consumidor na produção de conteúdo

Leticia de Lima • mar. 15, 2021

No cenário atual, a experiência do consumidor na produção de conteúdo deve ser prioridade em ações de marketing e produto em empresas de sucesso. Veja como isso se aplica!

Esse conceito ainda é pouco explorado, já que até hoje, a maioria das empresas não via prioridade em como o cliente recebe o produto ou serviço; qual é a utilidade para o mesmo; como será o seu uso; etc. 

Mas, o ano de 2020 trouxe muitas mudanças na rotina e na visão das pessoas sobre muita coisa. E com isso, buscamos experiências mais profundas, que nos gerem sentimentos e impressões positivas. 

O consumidor ficou mais exigente, e sempre temos empresas correspondendo com essas expectativas. Por consequência, esperamos cada vez mais de um produto/ serviço.

Um exemplo que podemos dar, é a reestruturação que algumas empresas fizeram, para se adaptar à nova realidade do público. Como o iFood!

O vice-presidente de estratégia do iFood – em uma entrevista ao blog Mobile Time – dá argumentos para esse assunto, quando relata toda a revolução que aconteceu ao aplicativo de comida, mesmo o mercado estando em alta.

 

 “O grande desafio foi compreender novas demandas e ajustar o produto e as jornadas. E é natural. Não conjugávamos o almoço em dia de semana porque nossos usuários saíam para comer” (Fala de Diego Barreto na entrevista ao canal).

 

Essa pequena fala de Diego traz uma boa introdução ao assunto, demonstrando brevemente que, mesmo com o seu mercado em alta e com a empresa lucrando, pensar na experiência do consumidor é essencial para melhorar ainda mais os resultados da sua empresa.

Mas, sem mais enrolação, vamos falar sobre a experiência do cliente, e como podemos trabalhar isso em conteúdo de mídia.

O que é experiência do consumidor?

O nome não esconde segredos, a experiência do consumidor (CX – Customer Experience) é um conceito ainda pouco explorado teoricamente, mas que busca compreender como um cliente recebe aquela informação/ produto/ serviço.


Em outras palavras: Quais sensações uma marca causa ao entregar o que promete, quais sentimentos instiga, quais memórias e qual a forma que irá trabalhar tudo isso.


A experiência é fomentada por sensações e sentimentos.


Se você compra um bolo em uma loja e ganha a calda, a tendência é que você se sinta mais confortável para voltar lá novamente. 


Esse exemplo é algo simples, que os negócios em geral buscam aprimorar todos os dias para conquistar e fidelizar clientes.


Isso já é um início para o trabalho com a experiência do cliente.

E neste momento, vamos responder uma pergunta muito importante:

Qual a relação entre a experiência do consumidor com a sua produção de conteúdo?

No meio digital as experiências são ainda mais intensas. E engana-se quem pensa que é só publicar vários posts. Isso não é conteúdo relevante, e nem chega perto de causar uma boa experiência ao consumidor.

Como disse, muitas empresas buscam oferecer boas experiências aos clientes que entram no estabelecimento. Então já esperamos receber algo de bom, nem que seja a simpatia de um atendente.

A questão aqui é que, no ambiente digital isso é ainda muito novo, as estratégias de CX dentro da produção de conteúdo são pouco aplicadas. E esse é um dos maiores erros dos produtores de conteúdo. 

Os conteúdos têm um grande poder de relacionamento. Aquela simpatia de um atendente que esperamos ao entrar em um consultório, não é tão explícita quando falamos por whatsapp, por exemplo.

Justamente por ser um relacionamento muito distante, onde não estamos ‘cara a cara’ para ler com os olhos a reação do outro, ficamos deduzindo o que a pessoa que está do outro lado quer dizer com aquela mensagem. E é por isso que as relações e conteúdos digitais são mais delicados, e também mais intensos.

E com isso, quero te fazer outra pergunta: sempre que você manda uma mensagem ou email, você pensa em como a pessoa irá receber aquele conteúdo? Em como está o dia dela, para prever se receberá com alegria ou mau-humor? 

É justamente sobre essa instabilidade, incerteza e intensidade que a experiência do cliente se aplica à produção de conteúdo. As técnicas e métodos visam suavizar os impactos, atrair com credibilidade, fidelizar com confiança e criar uma imagem profissional, mesmo com um relacionamento leve e amplo.

Por que ela é tão importante para as empresas?

Agora que você já entendeu um pouco da base do que é experiência do cliente, você precisa entender por que ela é tão importante para a sua empresa, quando o assunto é produção de conteúdo.

Se você chegou até esse texto, é porque quer entender mais sobre o tema ‘experiência do cliente na produção de conteúdo’. Mas, se você termina de ler todo o texto, e ele não fala nada sobre o assunto, apenas enrola e tenta te vender algum produto, qual é a experiência que fica?

Os sentimentos de raiva, decepção e frustração vão ficar diretamente ligados à memória da empresa e da marca que o produziu!

Guardamos muitas memórias e sentimentos, e esses conteúdos psíquicos têm grande poder sobre nossas atitudes. Provavelmente, com a experiência que citei acima, você não volte mais a consumir conteúdos deste blog.

As mídias digitais são recheadas de conteúdo (texto, vídeo, foto, áudio – tudo o que você vê ou ouve no meio digital é conteúdo) , é isso que torna possível o conhecimento transmitido no Google, os relacionamentos das redes sociais, os negócios em plataformas de vendas, ou automação e email, por exemplo. 

Sabe aquele e-mail de boas vindas quando você contrata o Netflix? Isso é experiência do usuário/ consumidor trabalhada em forma de conteúdo! 

Aquele tutorial de montagem de um móvel no site da empresa que te vendeu, isso também é a experiência do consumidor sendo trabalhada com conteúdo. Até aquela demonstração de produto nas redes sociais.

A CX (experiência do consumidor) pode ser trabalhada na pré ou pós-venda, ou no momento do consumo em si. Mas o ideal, para oferecer sempre uma boa experiência, é trabalhar positivamente em todas as etapas do processo.


O que é produção de conteúdo?

Como disse anteriormente, tudo o que é produzido no meio digital é conteúdo, seja em vídeo, foto, imagem, texto, áudio, gif… E isso pode ser feito de diferentes maneiras, em diferentes formatos, desde que ‘converse’ com o público alvo.

A produção de conteúdo é um processo organizado, que demanda um planejamento bem profundo sobre o público, o produto, as histórias e os resultados finais.


Veja um resumo do passo a passo:


  1. Definição de DNA e personalidade da marca;
  2. Persona;
  3. Canais de atuação e formatos de conteúdos;
  4. Linhas editoriais e frentes de atuação;
  5. Calendário editorial;
  6. Organização do processo de produção e métodos efetivos;
  7. Produção mensal, semanal e diária dos conteúdos.

Cada uma dessas etapas têm papéis importantes para que o resultado seja satisfatório. Afinal, você precisa saber muito bem quem está falando; para quem; onde e como; quais assuntos e o que; e quando.

Depois de descobrir tudo isso, é preciso colocar a mão na massa! E isso também exige muito esforço.

Uma dica prática para a produção de conteúdo no geral, é seguir, em todas as mídias sociais (blogs, flipboard, facebook, instagram, linkedin, twitter, pinterest, e por aí vai…) páginas que criem conteúdos da mesma linha que você vai produzir.

A ideia disso não é copiar, mas sim ter inspirações e acompanhar o que as demais empresas estão fazendo, para não ficar desatualizado no mercado de atuação.

Com isso, você também consegue acompanhar qual está sendo a reação do público nesses demais canais (se eles forem também a sua persona, claro)

Como fazer uma produção de conteúdo efetiva?

Para produzir conteúdo certo, para as pessoas certas, é preciso conhecer muito bem o seu cliente (e aí entram as estratégias de experiência do cliente no pós-venda, onde você analisa, se relaciona e abre espaço para os feedbacks) .

E somente conhecendo muito bem sobre o seu público, você conseguirá fazer uma produção de conteúdo efetiva e focada na experiência do cliente.

 

Por exemplo:

  • Sua persona gosta dos seguintes assuntos:
    • Vida financeira;
    • Estratégias de investimento;
    • Autocuidado;
    • Crescimento pessoal;
    • Metas e objetivos para o futuro;
    • Dicas práticas;
    • Esportes;
    • Lazer;
    • Amizades;
    • Vinhos;
    • Comidas gourmet.
  • E você só fala sobre:
    • Produtos e suas químicas;
    • Aulas e especializações;
    • Venda e promoções.

Provavelmente a sua persona não vai gostar de consumir seus conteúdos. Você precisa falar sobre o que o público gosta e quer ouvir, mesmo que pareça não fazer sentido com o seu produto ou serviço.

Você tem sempre que contextualizar, e claro, não precisa deixar de falar sobre os assuntos importantes para a empresa (produtos, composição, venda e promoção) . Mas, você precisa mesclar os temas e inserir com cuidado, para não ser inconveniente ou insistente.

Para trabalhar todos os assuntos de forma organizada e efetiva, você precisa ter um calendário!

Calendário editorial/ Calendário de conteúdo

Um calendário editorial ou de conteúdo, tem como função centralizar todas as pautas, assuntos, ideias e temas. Assim como a produção de um calendário efetivamente, organizando as datas e demandas de cada um dos temas.

 

Você pode dividir os temas como fiz acima, separando os assuntos que seriam interessantes para a sua persona. Depois, pode explorar todos os subtemas que existem dentro de cada um.

 

E para cada linha editorial (tema), existem milhões de possibilidades de conteúdo, veja:

  • Vida financeira
    • Como organizar as finanças pessoais;
    • Dicas para organização;
    • Aplicativos e materiais úteis;
    • Páginas para seguir nas redes sociais.
  • Estratégias de investimento
    • Dicas;
    • Páginas para seguir;
    • Mercado financeiro;
    • Mercado de investimento;
    • Notícias;
    • Dados;
    • Mercado exterior;
    • Empresas boas de se investir.
  • Autocuidado
    • Rotina;
    • Relaxamento;
    • Técnicas mentais para autocuidado diário;
    • Autocuidado no trabalho;
    • Autocuidado em relacionamentos amorosos, familiares e com amigos.

Em apenas três temas, olha quantas idéias surgem! E tendo bem definido tudo isso, você pesquisa conteúdos que tratam desses temas como inspiração, e constrói o seu conteúdo personalizado.

Quer entender melhor sobre o calendário editorial? Clique aqui e descubra!

Nós temos um modelo de calendário editorial completo, que demonstra como definir o público, o funil de vendas, jornada de compra, linhas editoriais e temas, títulos SEO e hashtags, e calendário de conteúdo.

Como gerar uma boa experiência ao consumidor a partir de conteúdo?

Oferecendo o que o cliente quer ler, assistir ou ouvir. Conteúdos que sejam de seu interesse e que vão fazer a diferença em sua vida.

Já falamos muito sobre o que é CX, o que é produção de conteúdo, como as coisas se ligam, quais são as importâncias e até como fazer certas coisas.

Mas, para realmente gerar uma boa experiência ao consumidor com o conteúdo, você precisa ter em mente o pilar do conceito:

O CLIENTE É O CENTRO DE TODAS AS SUAS ESTRATÉGIAS!

  • Seus desejos;
  • Suas preferências;
  • Suas dores;
  • O que não gosta;
  • O que faz e como leva a vida;
  • Como é sua estrutura familiar e social;
  • Como é sua rotina;
  • O que planeja para o futuro;
  • Como é o seu passado;
  • Quais são suas experiências com o produto ou serviço de outras empresas.

Explore a vida, as atividades e as preferências da sua persona. É um grande erro visar apenas no que você visualiza que seja perfeito. Se o seu cliente não concordar, então tudo vai pelo ralo.

1. Saiba quais tipos de conteúdo seu cliente gosta de consumir. Você não vai conseguir fazer com que as pessoas leiam textos, se elas gostam de assistir vídeos. 

2. Saiba quais assuntos além do que você oferece geram  interesse na persona.

3. Ofereça prévias, bastidores, tutoriais, demonstrações, opções e soluções.

4. Ofereça suporte e manutenção. Dê atenção durante todo o processo de venda, adaptação e utilização.

5. O seu pós-venda é MUITO importante. E como o exemplo que dei ao longo do texto, de um e-mail de boas vindas, ajuda de instalação ou primeiros passos de uso, por exemplo, são ótimos conteúdos neste sentido.

Basicamente, você precisa fazer com que o cliente se sinta a pessoa mais importante do mundo. E isso em formato de conteúdo digital. 

Mas claro que tudo isso depende da inovação. Pois já existem muitas marcas e pessoas produzindo conteúdos personalizados, e se a sua empresa não tem um diferencial, nunca irá oferecer uma experiência realmente relevante ao público.

Se precisar de ajuda para descobrir o que motiva o seu cliente, leia nossas 9 dicas para a construção de uma persona .

  • Vamos ao exemplo

    Um salão de beleza oferta como conteúdo rico um cronograma capilar. Ao baixar o material, a cliente – ou visitante do site – recebe um calendário descrevendo como deve usar cada produto, e em qual dia da semana.


    De ‘brinde’, dois dias depois de receber o cronograma por e-mail, ela recebe um vídeo feito pela cabeleireira que lhe atendeu, dando dicas de como manter o resultado conquistado no salão.


    Se ela é cliente e fez algum tipo de tintura, recebe um vídeo da cabeleireira explicando como manter a cor. Se fez um relaxamento, o vídeo trata sobre produtos que ela pode ou não usar. Se ela cortou, o conteúdo do vídeo é sobre como manter os fios sem pontas duplas e ressecadas.


    E se ela ainda não é cliente, não temos como saber se o cabelo é descolorido, tingido ou tem progressiva, não é mesmo? 


    Então nestes casos, o usuário irá receber um conteúdo amplo sobre cuidados diários, e ao final, uma oferta de conteúdo ainda mais específico, buscando trazer essa pessoa para consumir no salão. Esse formato final é um quiz, onde ao final a pessoa irá descobrir se cuida do seu tipo de cabelo do modo correto ou não. 


    E como resultado, o conteúdo promete passar algumas dicas dependendo de como são os cuidados daquela pessoa. Neste momento, é possível identificar as questões que a princípio não sabemos, já que não é um cliente. E em seguida, oferecer aquele vídeo que para as clientes já foi enviado de primeira!

Parece muito trabalho, e é! Oferecer uma boa experiência ao cliente com produção de conteúdo exige personalização e produção. Mas depois que o relacionamento já está feito, tudo acontece automaticamente.

Você pode também sempre reaproveitar os conteúdos. No exemplo do salão de beleza que dei, os vídeos que são enviados para quem baixa o material são bem completos. Mas, foram também cortados, e alguns trechos usados em posts, stories, anúncios…

O reaproveitamento de conteúdo é sempre bem vindo, pois economiza (tempo e dinheiro de produção) . E faz com que você sempre tenha uma massa de conteúdos para gerar constância em suas postagens.

Conclusão

Em todas as áreas da vida buscamos experiências, e é um grande erro deixar a CX de lado quando o assunto é relacionamento e conteúdo digital.

O público espera ter boas experiências para consumir, se não, você fica refém da necessidade. E ainda assim corre riscos de não conseguir vender. Pois sempre há alguém se preocupando com o usuário final.

Não fique atrás dos concorrentes, e comece hoje mesmo uma estratégia digital focada na experiência do cliente. A produção de conteúdo é uma forte aliada, pois estreita relacionamentos e possibilita que os usuários da internet se abram para relações com a sua marca.

Trabalhamos muito mais esses assuntos em nosso blog. Continue o passeio por aqui, se divirta, e se precisar de ajuda estamos sempre disponíveis para aquele bate papo produtivo!

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